quinta-feira, 8 de março de 2012

A HORA DO APADRINHAMENTO POLÍTICO

EM POLÍTICA NÃO BASTA APADRINHAR É IMPORTANTE ELEGER O APADRINHADO

O pleito eleitoral deste ano em Itarantim, queira ou não, ainda passará pela influência política de Gideão Mattos e de Ricardo Souto. O futuro político dos dois líderes dependerá muito do resultado das urnas. Sabedor disso, Gideão tem movido as pedras do jogo político com cuidado e esmero para não cometer o mesmo erro de seu opositor.

Ricardo Souto, prefeito de Itarantim por dois mandatos, não conseguiu eleger o seu sucessor e hoje, sem a força política de outrora, assiste a divisão de seu grupo. Em política não fazer o sucessor é tão ou mais prejudicial quanto não conquistar a própria reeleição. Não conseguir eleger o sucessor é colocar em risco tudo que foi feito de certo e de errado na gestão. É correr o risco de enfrentar uma auditória em suas contas e vê-las reprovadas. É engrossar a fileira dos fichas sujas e ficar longe da vida pública por no mínimo oito anos.

Todo governo ao final de dois mandatos quase sempre chega desgastado, cheio de vício e com alto índice de rejeição. Nessas horas o povo não perdoa,  torna-se implacável e manifesta sua insatisfação nas urnas. É o desejo de mudança que fala mais alto entre o povo.

Há oito anos Ricardo Souto teve de apadrinhar alguém para sucedê-lo. O povo não aprovou o apadrinhando e ele amargou sucessivas derrotas. O povo viu no candidato de Souto o continuísmo dos vícios e dos desmandos. 

Gideão sabe da importância de eleger o seu sucessor. A eleição do sucessor dá guarita às contas do ex-prefeito e lhe garante respaldo político. Gideão tinha e/ou tem nomes melhores em seus quadros, politicamente falando. Mas esses nomes têm alto índice de rejeição e, pior, têm a cara do continuísmo de tudo que o povo reprova em seu governo. 

Ricardo Souto apadrinhou mal e hoje sente o peso da sua escolha. Agora, Gideão precisa apadrinhar em vista de fazer o seu sucessor. Tudo indica que ele resolveu buscar um nome que não leve o rótulo de seu governo. Um nome que não tenha tanta rejeição e que consiga mostrar ao povo um certo ar de recomeço. O futuro dirá se Gideão acertou ou não na escolha. Em política não basta apadrinhar é mais importante escolher bem o afilhado e elegê-lo.

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