sexta-feira, 20 de abril de 2012

EM RESPOSTA AO INTERNAUTA - ELEIÇÃO DA CAPITAL PAULISTA


A ELEIÇÃO NA CAPITAL PAULISTA, CERTAMENTE, REPERCUTIRÁ EM TODO O PAÍS



Recebi um email, onde o internauta me pedia para esclarecer o motivo de tanta matéria neste blog sobre a eleição na capital paulista.

Este pedido/solicitação chega a bom tempo. Os motivos são vários, mas antes preciso direcionar alguns esclarecimentos. Por que esse blog traz tanta informação sobre as eleições da capital paulista e nem tantas de outras capitais brasileiras? Por que não abordar com a mesma intensidade a corrida eleitoral de Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e demais capitais brasileiras?

O interesse em abordar a disputa eleitoral da capital paulista é que a decisão que acontecer em São Paulo repercutirá em todo o país. Com orçamento anual de quase R$ 40 bilhões e mais de 8 milhões de eleitores, o município de São Paulo será palco da disputa eleitoral mais proeminente no cenário político nacional. A articulação em torno dos principais pré-candidatos envolve figurões não só da capital como de todo o Estado. A corrida paulistana baliza decisões em Brasília e interfere na definição de alianças nas maiores capitais do País.

O pré-candidato do PSDB, José Serra, lidera a intenção de voto. Ele tem pela frente o desafio de unir o partido em torno de sua campanha depois de um processo de prévias internas conturbado pela pressão exercida pela aproximação entre PSD e PT. Para isso, o ex-presidenciável espera contar com a sustentação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Gilberto Kassab (PSD), seu afilhado político. Serra negocia, ainda, aliança com o DEM. Caso Serra consiga unir o partido, trazer essas alianças e ganhar a eleição, ele se contentará com a prefeitura da capital paulista?

Há quem afirma que a campanha de Serra poderá contar com ajuda, inclusive, do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), favorito para disputar a presidência pelo partido em 2014. “O grupo de Aécio ficou feliz com a vitória de Serra nas prévias porque tirou a concorrência. Eles podem ajudar em São Paulo financeiramente ou com a vinda dele para cá”, diz o presidente do PSDB-SP. Ao vencer o pleito interno, Serra declarou que seu sonho da Presidência está "adormecido" até 2016. Será mesmo? Muitos não acreditam nisso, dentro do próprio PSDB não faltam vozes a dizer que, suscitar José Serra neste momento é colocar em risco a abertura do partido para novas lideranças.

Em nenhuma outra capital o ex-presidente Lula vai particpar tão diretamente como em São Paulo. Apesar do tratamento contra o câncer, Lula tem articulado com o PSB, do governador Eduardo Campos (PE). Para garantir a aliança em São Paulo, o PT oferece contrapartida em Macapá (AM), Mossoró (RN), Duque de Caxias (RJ), Cuiabá (MT) e Belo Horizonte (MG). Vejam que o destino de outras cidades estão sendo sacrificadas para a vitória de Haddad/PT na capital paulista.

O ex-ministro Fernando Haddad, no entanto, até agora não decolou nas pesquisas de intenção de voto. Uma parte aposta que Haddad não decolará, é um poste pesado demais até mesmo para Lula. Outra parte aposta que quando Lula participar a senadora Marta Suplicy vai entrar na campanha naturalmente. E quando isso acontecer Haddad alcançará o patamar do partido, que é de 30%. Ao contrário de Lula e Marta, a presidenta Dilma Rousseff pretende ficar afastada. Ela quer evitar entrar nas disputas em que PT e PMDB tenham lançado candidatos – como é o caso de São Paulo – para não agravar a crise entre governo e a base aliada no Congresso. Bem, será que a presidente Dilma ficará mesmo de fora? E, a senadora Marta vai abraçar a campanha de Haddad? E, a saúde do ex-presidente Lula permitirá que ele se envolva na campanha? E, como ficará a liderança de Lula com a eleição ou não de Fernando Haddad?

Por tudo isso e muito mais que tenho publicado algumas informações/matérias sobre a disputa eleitoral da capital paulista. Acredito que as futuras decisões políticas nas pequenas e distantes células da República passarão pelos resultados de lá. Assim sendo, Espero que tenha respondido ao ou aos internautas e espero que tenha conseguido despertá-los para acompanhar o pleito eleitoral da capital paulista sem perder de vista o nosso, é claro né. 

VICE-PRESIDENTE CRITICA O EX-PRESIDENTE DO STF




O MINISTRO JOAQUIM BARBOSA CRITICOU DURAMENTE O EX-PRESIDENTE CEZAR PELUSO

Em sua última sessão como presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso não foi homenageado pelos colegas, como tradicionalmente acontece. Usualmente, ao final da última sessão do presidente, um ministro pede a palavra e destaca os principais pontos do mandato. Outros ministros também fazem comentários, assim como o integrante do Ministério Público e algum advogado presente.
Não houve homenagem, o que o ex-presidente recebeu foram criticas pesadas do vice-presidente do Supremo. Joaquim Barbosa chamou Peluso de “ridículo”, “brega”, “caipira”, “corporativo”, “desleal”, “tirano” e “pequeno”, entrevista ao jornal  “O Globo”.
 O vice-presidente foi mais contundente ao fazer a seguinte acusação ao ex-presidente: “Peluso inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar o resultado que era contrário ao seu pensamento”. Joaquim dá como exemplo do que seria a manipulação de Peluso julgamentos de políticos por causa da Lei da Ficha Limpa.
Esse caso seria o do julgamento de 14 de dezembro de 2011 no qual o STF livrou Jader Barbalho da Lei da Ficha Limpa e assim deu ao político do Pará o direito de voltar ao Senado. Nesse caso específico, afirma Joaquim Barbosa: “(Peluso) cometeu a barbaridade e a deslealdade de, numa viagem que fiz aos Estados Unidos para consulta médica, “invadir” a minha seara (eu era relator do caso), surrupiar-me o processo para poder ceder facilmente a pressões...”.
Os ministros Cezar Peluso e Joaquim Barbosa foram indicados para STF por Luiz Inácio Lula da Silva, num total de 8 indicações.

Fontes: Jornal O Globo e Blog do Fernando Rodrigues